quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Investigando a administração da produção

Analisando-se os estudos sobre a Administração Geral, através de uma visão científica, observa-se que desde o início dos estudos sobre essa área, não existem receitas prontas ou fórmulas, a real teoria em administração é construída a partir de um conjunto de conhecimentos organizados e interligados, gerado pela experiência prática obtida nas organizações. Notou-se, que as inter-relações entre a empresa e as pessoas que nela trabalham são fatores que a organização leva em conta na preocupação de se alcançar a verdadeira e a real intenção dela para o crescimento e a obtenção de lucro, seja ele plausível ou não.

Nos primórdios da administração se encontra a teoria da administração científica, que trouxe consigo os estudos dos tempos e padrões de produção, a supervisão de funções, a padronização de materiais, o desenho de tarefas e cargos, definição e especificação da rotina de trabalho e os incentivos salariais de produção, trazendo ao estudo da administração geral o termo burocracia. Hoje ainda utilizamos muitas dessas ferramentas, para que haja ordem nos processos e motivação para os empregados. Apesar de ser um pensamento muito retrógrado de motivação e ordem, esse era o início dos estudos científicos da administração que tinha como sua principal atenção a otimização da produção.

Vindo em seguida, na administração clássica visualizou-se a administração tendo as funções universais não somente a de coordenar, mas também de prever, organizar, comandar e controlar. É o que realmente as pessoas descrevem ao dizerem o que é administrar atualmente, mas com muito mais argumentos do que naquela época, pois os estudos estão mais profundos. Nestes estudos diferentemente dos pensamentos da administração científica, pensava-se de cima para baixo, ou seja, dos gerentes e chefes para os subordinados, tendo em vista a centralização da autoridade que era prioritária.

Logo após, surge a teoria das relações humanas que falava sobre que no nível de produção de uma organização deve ser considerada a integração social que ocorre entre os trabalhadores, onde eles não reagem por mero pensamento individual, mas por um conjunto de conceitos e pensamentos absorvidos do seu grupo de trabalho, em virtude disto tem uma determinada reação fora ou dentro do local de trabalho.

Já foram descobertas ou descritas muitas outras teorias, que no momento não convém descrever todas, mas é de grande importância o fato como todas elas auxiliaram os Estados Unidos a crescer e a evoluir como potência econômica mundial, se tornando exemplo de eficiência e eficácia na gestão administrativa de suas organizações, sendo elas com fins lucrativos ou não, e assim influenciando outros países em desenvolvimento, como o Brasil. Os costumes e a cultura organizacional nas empresas do Brasil é influenciada desde o começo do século XX pela forma de gestão administrativa aplicada nos EUA pelos americanos. Aplicando essa gestão americanizada sem a observação de que os EUA passaram e passam por processos de desenvolvimento diferentes dos que o Brasil já passou, passa e passará. A forma de se lidar com os funcionários, os concorrentes, os clientes, os fornecedores e com os processos são de variáveis diferentes das que os americanos lida, então a gestão a ser aplicada nas organizações brasileiras ou até mesmo multinacionais com partições aqui no Brasil, não pode ser sempre aplicada conforme a moda do momento diz que deve ser ou conforme parâmetros ditados por princípios aplicados e que deram certo em outra sociedade.

O brasileiro estudioso de administração não pode se prender apenas aos conceitos criados por críticos que não estudaram com profundidade a sociedade brasileira e suas organizações, deve-se romper com essa perspectiva de que ele não pode conseguir algo melhor do que foi alcançado se estudando em outra sociedade mais desenvolvida economicamente do que a dele. Vários fatores considerados pelo administrador como relevante para a sua melhor gestão no Brasil são questionáveis de massivo teor capitalista e extremamente modificado pela cultura americana, como o consumo excessivo que cresce cada dia mais, fazendo aumentar a demanda por produtos de alta qualidade ou tecnológicos, se ignorando até mesmo princípios básicos de sobrevivência para se obtê-los. Assim, nas organizações instaladas no Brasil por causa de toda essa mudança de comportamento gerada por uma aplicada americanização dos processos administrativos, é dado grande importância para a informatização completa das organizações, mas não para apenas digitalizar os processos, mas para além disso, também para integrar todos os processos e todas as áreas de uma organização. Isso gera na empresa integração generalizada para melhor funcionar a comunicação desde a entrada da matéria até o produto final e desde o processo de seleção de pessoal até o alcance de suas metas específicas e sua demissão. Até mesmo para a gestão ser integrada dentro das instituições, fatores particulares do ambiente de cada empresa situada no Brasil ou fora dele deve ser considerada para que não seja aplicada apenas por ser uma nova invenção do mercado para a gestão empresarial mais eficiente.

Existe o caso da administração pública também no Brasil que já passou por vários modelos de gestão ao longo de décadas de mudanças políticas e que está sofrendo uma crise séria agora de fragmentação e de instabilidade, fazendo com que surja uma nova forma de pensar a administração púazendo com que surja uma nova forma de pensar a administraççar o melhor modelo de gestarial.ricanizaçblica brasileira. O interesse pela gestão e a situação da administração pública está fazendo com que seja colocado em evidência a participação do servidor perante a administração da instituição a qual participa, sendo cobrado mais dos valores morais e éticos, os quais são elementos fundamentais e atuais para a gestão do que é público.

Com tudo isso sendo dito, não significa que os modelos de ‘gestão americanizados’ sejam incorretos, mas que eles devem ser aplicados de forma consciente no contexto empresarial e que estudos sobre a situação em que passa a sociedade, os funcionários e a empresa da deve ser levada em conta com o intuito de se encontrar a melhor forma de gestão a ser aplicada na instituição.

O consumismo exacerbado, gerado em todo o mundo por uma economia mundial altamente capitalista, aparecido no século XX, acarretou na criação por parte de empreendedores e empresas de se melhor administrar as situações recorrentes na própria organização, trazendo a ela a disciplina necessária para se alcançar o sucesso, afetando altamente na gestão da produção, como no caso do Fordismo, que tornou padrão a fabricação de carros e também as suas peças, trazendo a diminuição dos custos de fabricação do produto final, podendo assim vendê-lo a um preço acessível a maior parte da população, mudando a sua aplicação de gestão perante o mercado externo, alterando a sua forma de fazer o marketing. Revolucionou também no fato de que os funcionários não faziam mais todo o trabalho, eles começaram a fazer a atividade mínima para cada um, passando a desconhecer todo o processo do produto e até mesmo o que o mais próximo dele estava fazendo, tornando o trabalho simples, mas fazendo com que houvesse uma produção em massa. Hoje o Fordismo já é considerado como um modelo de gestão monótona e ultrapassada em alguns aspectos, até mesmo pro ser mito simples.

Também é importante citar o Toyotismo, que foi estabelecido na empresa japonesa da Toyota. Essa forma de gestão aplicada na empresa japonesa foi criada, pois a gestão anteriormente aplicada pela Fordismo, assim foram realizados estudos sobre a gestão da produção, para que a Toyota a Toyota alcançasse a melhor performance produtiva, integrando e flexibilizando todos os processos operacionais. Como exemplo de sistema integrado a empresa japonesa atuou massivamente para que desde a distribuição passando por todo o setor de vendas e suprimentos até o produtivo fosseM integrados de forma direta. O mesmo o Brasil tem capacidade de fazer, inovar no quesito da gestão da produção para alcançar a melhor fórmula para se aplicar no solo e mercado brasileiro sem meramente fazer cópias dos modelos de gestões já existentes e criados por gringos tendo as suas próprias culturas como base. Evidencia-se, também o fato de que no mercado sueco foi registrado um novo modelo de gestão, que foi o Volvismo, que salientou o fato de que na Suécia deviam se considerar fatores diferentes dos levantados pelo Fordismo e pelo Toyotismo, sendo que nesse país os diferentes tipos de mão-de-obra era extremamente relevante para o processo de produção. Dando o Volvismo não tanta importância para a máquina, mas mais para o maquinário ou o operário em suas situações cotidianas ou corriqueiras dentro da empresa em que trabalha.

No contexto atual em que a competitividade é grande, na questão de estudo de modelos novos de gestão da produção não se pode apenas considerar fatores internos da empresa, mas também externos, como concorrentes, clientes e fornecedores. Assim, até mesmo o marketing de uma empresa, sendo uma empresa com um sistema de gestão integrada, ela vislumbra o mesmo como uma ferramenta que atua para se alcançar o melhor modelo de gestão de processos, seja ela produtora de mercadorias ou de serviços. Plagiar modelos de gestão e supostamente aplicá-los simplesmente sem um estudo de prospecção sobre o que acarretará na organização, não pode ser natural para os administradores. A inovação deve ser o alvo que o administrador deve atingir para o alcance da otimização do processo produtivo.

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