quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

A ética na gestão

Base para leitura, a reportagem:
http://www.teofilotoni.com.br/portal/?pg=noticia&id=669

SERÁ ÉTICA?

As organizações empresariais, que podem se desvirtuar por conta dos objetivos de lucro que precisam e devem ter, passam a ser concebidas como uma unidade ética.
Não é um enfoque puramente moralista. É certo que se objetiva a moralização nas condutas, por conta, inclusive, das aparições socialmente prejudiciais de entes privados e públicos envoltos em mandos e desmandos numa cultura de corrupção a qual se quer extirpar da sociedade como uma moléstia mortal.

A idéia que permeia a ética corporativa é a geração de sustentabilidade que condiz com o crescimento individual e coletivo, em que tudo gira em conjunto sem que nenhum dos componentes possa se desequilibrar.
As organizações têm vital relevância no meio social e para que nele sobrevivam não podem agir egoisticamente sem ponderar sobre os reflexos de suas atitudes. Para que se evite tal erro e persistam em práticas reconhecidamente equivocadas e prejudiciais, devem permitir e incentivar o diálogo entre seus funcionários, entre eles e seus colaboradores, e destes todos para com os consumidores, sempre interagindo com o Poder Público de modo a formar as redes de diálogos que comporão as relações sociais das organizações. Tal círculo seria formado por todas as ações sociais ou de responsabilidade social das organizações empresárias que geram um bem-estar maior, para além daquele almejado pela própria organização (que era de atingir metas para solução ou minimização de problemas e demandas da sociedade civil), alcançando seus próprios funcionários e colaboradores e se difundindo para além de suas paredes, passando por seus parceiros, fornecedores e revendedores até alcançar seus consumidores.

Mas, não é bem isso que encontramos em algumas empresas, pois não estão preocupadas com ações sociais ou de responsabilidade social para gerar um bem estar maior, e sim, pensando somente em maximizar seus lucros e diminuindo custos. Nem ao menos querem consagrar o princípio da justiça para a geração de benefícios financeiros. É um lucro fora de um contexto geral ético, sendo gerado um lucro anti-ético, sem o respeito à cidadania organizacional e a falta de responsabilidade com os direitos sociais, fazendo com que a mesma perca diante de seus consumidores a sua reputação e imagem. Os detidos ou as empresas que produziam leite adulterado foram anti-éticos, por desrespeitarem às leis e à moralidade vigente, a adulteração do bem produzido, o relacionamento com órgãos públicos indevidos, como no caso do funcionário ligado ao Ministério da Agricultura e ainda a prática da mentira e da omissão, no caso da não divulgação de suas adulterações.

A reputação, ou seja, a consideração e a forma de julgar os clientes, consumidores, concorrentes e funcionários ou a opinião do público em relação a uma pessoa, um grupo de pessoas ou uma organização é algo que avalia e/ou estima situações do cotidiano que afetaram ou afetarão de forma positiva ou negativa as situações correntes.

A confiança do cliente que comprou o leite está extremamente baixa nesse momento, pois a credibilidade, não sendo uma entidade competente para a tarefa existente, a certificação, a credibilidade, a confiabilidade e a credulidade. Hoje a reputação é fortemente utilizada para se assegurar a maximização dos resultados encontrados pela organização, pois os resultados de uma ótima reputação, acarretando na facilitação da aplicação dos fundamentos de marketing na empresa, como não é o caso das empresas que estavam funcionando irregularmente na reportagem, que se importou muito com o oportunismo exacerbado de se adulterar seus produtos para que os mesmo resultassem em maiores vendas e menores custos gerando benefícios ligeiros para a empresa. Mas, a organização não contava com a investigação ou a real punição sobre os crimes que estavam cometendo, achando que a justiça fosse relevar o caso a partir do ponto em que encontraram uma resposta plausível e ainda verídica. A empresa para não sair do prumo da justiça e da reputação deve escolher por subordinar sempre seus discursos às práticas da organização, a dedicação desinteressada ao próximo, seguir veementemente a prestação de contas para desfazer eventuais desgastes desnecessários e saber lidar com a comunicação, fazendo ela de forma eficiente e com eficácia.

As decisões tomadas nas empresas e a sua fiscalização são feitas através de regras e regulamentos conhecidos. Toda a informação governamental é livremente disponível e diretamente acessível para aqueles que serão afetados por tais decisões e pelos trabalhos de fiscalização. Como no caso da reportagem, com a PF, as instituições governamentais e a forma com que elas procederam foram desenhadas para servir os membros da sociedade como um todo e não apenas pessoas privilegiadas, requerendo uma estrutura legal justa que se aplicam a todos os cidadãos do Estado independentemente de sua riqueza financeira, de seu poder político, de sua classe social, de sua profissão, de sua raça e de seu sexo, garantindo total proteção dos direitos humanos, pertençam as pessoas a maiorias ou a minorias sociais, sexuais, religiosas ou étnicas, fazendo com que o poder judiciário seja independente do poder executivo e do poder legislativo e as forças policiais sejam imparciais e incorruptíveis.

A ética empresarial é algo que afeta desde a menor empresa que ela seja até às mega-organizações, que prezem por uma reputação de dignidade e honestidade. E as empresas citadas na reportagem não prezaram por uma reputação e nem ao menos se importaram com os consumidores de seus produtos comercializados, mas somente no caso de receber algo em troca que é o benefício fiduciário, sendo as pessoas que participaram deste crime e que violaram leis pré-estabelecidas pelo Ministério da Agricultura, como anti-éticos se consideradas as variáveis condicionantes para a avaliação do caso.

Nenhum comentário: